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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Carta Para Professor Lay: "Falta de Identidade nas suas músicas actuais"


De Muruna Jr. passámos a citar:

"Querido Professor Lay, em primeiro lugar quero te saudar e parabenizar-te pelo grande esforço que fazes no seu dia à dia desde o início da sua carreira até chegar onde tu chegaste hoje. 
E se na verdade ser vencedor é resistir na luta como dizem, então tu és o vencedor desse jogo de música macua porque conheço muitos da sua geração que desistiram.
E também em nome do povo macua, quero te dar forças em tudo que pretendes fazer, sobre tudo no lançamento da sua segunda EP.

Mas por outro lado, quero que tu saibas que o seu povo nunca te abandonou e ainda pelo contrário tu é que pretendes fugir da regra do nosso jogo, então não nos interprete mal.

#Ora_vejamos:

Tiveste um momento em que tuas músicas se baseavam em acontecimentos dessa sociedade e tinhas aquele rítmo típico nosso ( o ritmo que identificava música macua) como por exemplo:
SERVIÇO DE GUARDA; 
AQUATO ANLAVULA ECUNHA &
VALA ONTELA VELHA.
Foi o mesmo momento também que nos apresentaste um carro dizendo que são frutos de música.
E se a memória não me falha, uma vez estivemos juntos num show em que organizava o Black Chic Eventos e eu estava na organização onde os artistas eram malta: Tu, Miss Fania, Afito perigoso e Puto Edo, onde também tu foste o artista mais pago e artista mais aplaudido do palco.
E também foi no mesmo dia que tu disseste que se por acaso um dos promotores organizar um enevento com as entradas no minimo 150mt não irás aparecer. Até que te achei maturo com aquilo mas afinal era ao contrário?
É claro que hoje tu estás num nível em que todo artista quer chegar, mas se prestares atenção virás o mesmo que estou a ver, hoje tu estas nesse bom nível mas perdeste audiência do seu povo macua, Já ninguém te convida para actuar nos casamento do seu povo, já ninguém te chama actuar nas cerimónias tradicionais dos ritos de iniciação das mulheres como naqueles tempos, já o seu povo não se preocupa em ter suas músicas no telefone como naquele tempo, 
ja o povo não vai no estúdio pedir gravar seus vídeo clips nos discos para assistir em casa com os filhos... Sabes porque? Não!
Deixaste se levar com cultura de fora, já não queres cantar com aquela nossa língua local e com aquele tipo de música que nos identifica.
Se uma vez desejamos o melhor para si, não significou que era para nos abandonar, não era para tu deixares de cantar em macua, não era para tu deixares daquele nosso rítmo, mas sim melhorar a qualidade da sua produção.

By: Muruna Jr.
Abraços à todos✊👊"

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Faizal Antonio recebe prémio de "African Leadership Business Excellence"


O empresário Faizal António, na qualidade de PCA do Grupo Laraf, um grupo que actua em diversos sectores da economia moçambicana acaba de receber o prêmio African Leadership Business Excellence, em Sandton, na vizinha Àfrica do Sul .

Faizal António, foi também indicado, membro do Hall of fame dos CEOs a nível de África.
A premiação do empresário moçambicano é sustentada pela sua abnegada entrega aos negócios , principalmente na excelente gestão do seu grupo.

Recentemente o empresário Faizal António, foi agraciado como a figura cultural do ano em Moçambique pelo seu empenho na promoção da cultura.

Fonte: Gloom Channel

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Carta de aconselhamento e apoio para o Jovem artista Ogah Siz


De Flash Enccy⁩ passamos a citar:

Caro artista,  toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo, eu também jà passei por fases na vida em que me envolvi com as drogas, quase que perdi a vida, mas depois tive que orar muito e consegui fugir delas e hoje sinto-me num ser humano especial e livre das drogas, embora a sociedade em que vivo continue ofereçendo-me ainda mais productos tóxicos.

Todas as drogas são uma perda de tempo. Elas destroem sua memória, seu respeito e tudo que tem a ver com a sua auto-estima. Elas não são boas de forma nenhuma. As drogas matam, colocam-te maluco, e sem direcção.

Hoje em dia sou daquelas pessoas que se drogam com livros, músicas, filmes, séries, fotos, prefiro me drogar com o trabalho artistíco para influenciar positivamente o jovem Moçambicano.

A droga não escolhe o rico,  nem o pobre, é como a doença, e quando nos encontramos em situações do genêro necessitamos muito do apoio familiar, e social, precisamos de apoiar a pessoa ao envêz de criticar.

Portanto deixo as minhas palavras de apoio ao Jovem artísta que acima de ser um artista é um ser humano igual a todos nós:

O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conseguires o que desejas, a nossa felicidade depende mais do que temos arquivado nas nossas cabeças do que o que temos nos bolsos, não use drogas para ser feliz, a felicidade não é droga, a vida jà é uma droga, usando drogas tornaràs a tua vida pior que a própria droga.

Sendo eu um activista nacional senti necessidade e obrigação em apoiar ao Jovem internado e aconselha-lo com este texto, e a todos que não andem por estes caminhos do mal, pois as consequências são infinítas e mortais.

Antes de discriminares aos outros, discrimine a ti próprio.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Biografia de Trez Agah (3H)



Euler João Elias (Nascido em 29 de Abril de 1983 em Manica) também conhecido por Trez Agah (3H) é um rapper moçambicano, conhecido como integrante do grupo Gpro. Como rapper 3H já fez parte de vários grupos de hip-hop B.O.C., Tropas Do Futuro, Track Records, Magnezia e Gpro.

Apaixona-se pelo Hip Hop em 96, isto porque sempre gostou de música e quando criança sofreu influências da música pop cantada em Inglês, em que inicialmente imitava artistas como: os Milli Vanilly, Mc Hamer, Vanila Ice e Michael Jackson.

Um culto que aperfeiçoou os dotes musicais é uma roda de canto com os colegas à hora do recreio, mas todos estes somente dançavam e Trez era o único cantor.

Tendo concluído o ensino primário na Inglaterra, em 1994 volta para Moçambique, cidade de Maputo, onde teve muitos amigos na zona e muitos destes tinham como influência o RAP.

Foi quando em 1996 recebe de presente dum amigo, Félix a.k.a Carbhono, uma cassete do Rapper 2Pac Shakur e foi ali que tudo começou a mudar. Em festas era chamado para imitar as composições de rappers norte-americanos e era muito aclamado.

Algum tempo depois conhece Young Rizla, Chi-Nico, Shot B e Suky. Foi dessa aliança que Shot B o incentiva a fazer criações próprias.
Em 1999 conhece o Mastha Bad que fazia dupla com Carbhono, e estes convidam-no a formar o colectivo B.O.C e pouco tempo depois começam a entrar em estúdio.
Devido ao circuito não muito aberto as suas músicas eram somente para serem escutadas em casa ou com amigos.

Ainda em 1999 Trez decide ir a rádio fazer um freestyle para sair do anonimato, mas várias vezes foi rejeitado por locutores porque não fazia parte dos leque de Rappers considerados da velha geração em Moz. Muitas vezes foi banido e desprezado mas sempre lutou para sair do anonimato.

Em 2000 conhece o rapper Denny OG que fazia parte dos Auto Squad, grupo que fazia sucesso na altura. Denny OG vivia na mesma zona que o Trez Agah mas não o conhecia pessoalmente, certo dia pediu para que este dropasse um verso e Trez, como sempre activo, mostrou os seus dotes e deixou o Denny OG de boca aberta, o qual em seguida convidou-o para fazer parte do grupo Tropas do Futuro.

Com o projecto “NOVOS TALENTOS” lançado em 2000 pela GPRO, Trez aproveitou a oportunidade para publicar as rimas e afirmar-se. Depois de algumas actuações foi convidado para fazer parte da Track Records, onde ficou 1 ano.

Ávido de demonstrar o seu talento, Trez decide ao lado dos companheiros da BOC e mais alguns companheiros do grupo Tropas do Futuro formar um colectivo, A Magnézia.

Em 2002 junta-se à GPRO onde teve algumas aparições em shows do Duas e Sem e onde se destacou por ser “O tal” que punha em euforia plateias com seus freestyles bombásticos.

Em 2005 lança pela GPRO os hit-singles “Por Ti”, “Let’s Go” e “Bangalala”. Foi o início da afirmação de Trez no cenário RAP moçambicano como um dos “PESOS PESADOS”, título que foi reforçado em 2007 com o lançamento de 100 barras na música “Eu só peço Volume” do GPRO RADIO PROMO CD.

Em 2008, pela Magnézia faz ao lado dos seus companheiros a Mixtape “We Run Maputo”, onde se destacou a música “Meu Bolso”.

Em 2009 dentro da Magnézia com Dynomite e Bulldozer forma a 3DB, onde não foi além de duas músicas, “Eu já estou Soft” e "Movimento Hip Hop".

De tanto vai e vem, concentrou-se completamente na GPRO onde em 2010 participa na 2° obra discográfica colectiva, o NA LINHA DA FRENTE.

Participou também do 3º projecto discográfico da GPRO intitulado GPRO FOREVA, tendo se destacado com a música Zona Quente com a participação do Cantor Angolano Dji Tafinha.

Após o lançamento do CD a GPRO entra em Banho Maria e Trez Agah decide explorar a área de entretenimento e participou no maior Reality Show de África BIG BROTHER ÁFRICA, representou Moçambique e foi o 1o Moçambicano que chegou as meias finais e conquistou fãs na Nigéria, Botswana, Malawi, Africa do Sul, Zâmbia, Tanzânia, Quênia, Uganda, Zimbabwe e mais...

Em Dezembro 2018 lançou o seu primeiro trabalho Discográfico a Solo Intitulado HITMAN, trata-se de um E.P que teve a participação especial de nomes já bem conhecidos em Moçambique assim como novos talentos, nomeadamente:
-Denny OG
-Damost
-Twenty Fingers
-Hélder Leonel
-Bander
-Muzaya
-Laquino
-Sura Adrianopoulos
-AZ Mr Khinera
-Dj Asnepas
-Scoco Boy
Na produção:
-G2
-Proofless
-Billy Ray
-Virgo
-Scoco Boy
-Sigah Krazzy
-Polegar Beats
Atualmente encontra-se em estúdio a Gravar o seu 2o CD a solo.

“Uma sociedade só avança quando sabe olhar-se ao espelho”


Os moçambicanos precisam redescobrir-se de modo que possam saber estar neste mundo. Tal necessidade deve ser acompanhada de uma entrega livre de preconceitos e sem o chamado “politicamente correcto”. Esta é a percepepção de um poeta (que escreveu o seu último livro consciente de que a poesia é liberdade, um lugar onde se busca o conhecimento, de redescobertas e afirmação): Armando Artur, autor que desde os anos 80 viaja pela literatura sem jamais pensar na ideia de que as letras são espaços de evasão. Para o autor de A reinvenção do ser e a dor da pedra, a poesia é uma espécie de fé, e, nisso, uma luz que deve apagar “o medo que reside dentro de nós, principalmente o medo de nós mesmos”. É esse medo que nos leva a vários tipos de fundamentalismos que, infelizmente, pululam um pouco por todo lado. Nesta entrevista realizada à volta do último livro de Armando Artur, o poeta lança propostas sobre como a valorização do ser enquanto sujeito gregário pode ser feita.



Publicou, recentemente, A reinvenção do ser e a dor da pedra, um livro que viaja pelo tempo e por um espaço universal. O que lhe ocorreu ao fazer deste livro o que é?

De maneira nenhuma. A poesia como um meio de conhecimento, de interpretação do mundo, para mim, reinventar o ser pode ser sim uma tentativa de procurar (re)conhecer o ser que nós somos como um ente em busca de si mesmo, uma vez que está permanentemente num processo de mudanças. Por isso mesmo penso que precisamos de nos reinventar, para que reconheçamos e aceitemos as mudanças que se impõem dentro de nós próprios.



O que mais lhe inquieta, de modo que a reinvenção do ser faça sentido nesta proposta literária?

É o medo que reside dentro de nós, principalmente o medo de nós mesmos. É esse medo que nos leva a vários tipos de fundamentalismos que, infelizmente, pululam um pouco por todo lado e, por consequência, cria-nos muitos entraves no aperfeiçoamento do ser que nós somos, rumo ao desenvolvimento que tanto almejamos.



A pedra transporta consigo a imagem de um tempo antiquado. No final das contas, a pedra é dos objectos que há muito acompanha a história do Homem. O que a pedra está a fazer nos seus poemas?

É a metáfora do enrolamento do ser em si mesmo com todas as consequências que advêm dessa realidade. A pedra é aquela que todos nós conhecemos, passiva e serena na sua condição, dorida e nostálgica na sua impossibilidade de não ser outra coisa senão pedra. A pedra é-nos necessária como metáfora de nós mesmos.



Neste livro, coloca-se numa posição transcendente, que lhe permite visualizar as cores da natureza e os “tick tacks” do ponteiro do relógio. Deu-se conta disso?

Não, não me dei conta. É a poesia que tem esse poder de visualizar tudo isso, eu simplesmente sou portador do ente poético que vislumbra essas cores e esse compasso do tempo.



O que significa reinvenção, para si, neste contexto literário?

Significa aperfeiçoamento, mudança, transformação, desenvolvimento, conhecimento, liberdade…



Na apresentação deste livro, José Castiano disse, a certa altura: “No fundo, este livro é sobre a possibilidade de nos reinventarmo-nos como seres moçambicanos livres, que devem usar a linguagem dizendo-se verdades”. Por que é um poeta preocupado com a liberdade?

Não é uma preocupação com a questão da liberdade. É que a poesia ela em si é liberdade. O Dr. Castiano creio que foi ao âmago da questão da poesia. Ele foi muito feliz na abordagem do meu livro. Aliás sempre admirei o Dr. Castiano nas suas abordagens filosóficas. Creio mesmo que ele foi a pessoa certa para apresentar o livro, tinha que ser uma pessoa com outro tipo de lupas para esgravatar este livro.



A reinvenção do ser e a dor da pedra

é o primeiro livro seu, depois de cessar as funções de Ministro da Cultura. Sentiu alguma pressão ao escrevê-lo?

Não, não senti, uma vez que nunca parei de escrever. Aliás, eu já publiquei um livro quando estava  em funções. É verdade que, quando estava emprestado à política, não dispunha de muito tempo. Sessei já há quatro anos. Foi o tempo suficiente para eu sistematizar as notas que andei a rabiscar durante esse tempo. De notar que para além do livro publicado tenho mais três por sair.



Há um verso que me chama atenção neste livro: “nada seria mais doloroso e pungente do que não ter a memória do futuro” (p. 20). Na sua percepção, ao que o sujeito poético se refere?

Refere-se a necessidade de construir o futuro. Naturalmente um futuro melhor que o dia de hoje.



Como podemos preservar essa memória do futuro?

Reconhecendo que é preciso sonhar. Sonhar é sempre bom e necessário, pois inspira-nos ao trabalho visando alcançar esse sonho. Temos que sonhar alto, mas a medida do nosso sono. Mas como o futuro é relativamente inalcançável, vamo-nos contentando com o melhor de hoje com relação ao de ontem. É aí onde reside a memória do futuro.



E a do passado? Existe?

Sim, existe. A memória de ontem é perigosa, pois aprisiona o ser num tempo em que já não há mais nada a fazer. É impossível transformar o ontem. O que passou, passou. Mas com a memória do futuro já é diferente. O futuro é sempre uma possibilidade. É liberdade, pois posso influenciar o meu futuro.



Para alguns ou muitos autores a literatura é um espaço de evasão. E no seu caso?

Literatura a sério nunca pode ser um espaço de evasão. No meu caso, a poesia é um meio de conhecimento, uma forma peculiar de educação, como diria a Sophia de Mello Andresen. E eu acrescentaria, a poesia é uma espécie de fé. Portanto, a literatura não é um meio, é um fim em si mesma. Mas não quer dizer que ela não participe no processo de transformação do mundo. Essa é uma das suas consequências.



Como quer que este A reinvenção do ser e a dor da pedra se imponha nos leitores?

Apenas como uma nova proposta literária para os meus leitores. Tenho dito, modéstia à parte, que o livro é uma boa proposta de facto. Os meus leitores não estão defraudados, tenho consciência disso.



Sente que socialmente estamos desgastados, para que a proposta de reinvenção seja cantada em livro?

Penso que sim. Conforme disse atrás, precisamos de nos redescobrir para sermos e estarmos neste mundo. Penso mesmo que precisamos de parar, ainda que seja por um minuto, para refletir sem preconceitos, sem pruridos, e sem o chamado “politicamente correcto”. Uma sociedade só avança quando sabe olhar-se ao espelho.



Neste livro há pelo menos dois momentos que vale destacar. No primeiro, textos que acumulam uma preocupação pela terra e pelos homens; no segundo, uma poesia lírica. Tinha que ser assim?

Sim, foi uma viagem longa. Foi uma abordagem sobre o mundo e sobre a própria poesia, através da poesia. Penso que consegui fazer esse liame entre as duas dimensões.



Foi um livro de escrita fácil?

Foi muito duro. Apelei em mim muitos dos instrumentos coleccionados ao longo de anos de escrita e leituras. Tenho cá para mim que a poesia moderna quer-se concisa, clara e com conteúdo, acima de tudo. A poesia não pode ser simplesmente um emaranhado de palavras, ainda que estas configurem metáforas, imagens e por aí adiante. Esse tipo de poesia foi muito explorada no século passado. Estamos noutros tempos, noutras abordagens, noutras plataformas…



A propósito de novos tempos, estamos a produzir muita literatura nos últimos anos, se avaliarmos pelo volume de livros publicados. Como está a nossa literatura?

Eu penso que a nossa literatura vai bem. É verdade que a qualidade não corresponde com o volume de publicações. Mas é assim mesmo, a qualidade provém do volume de edições. Sinto que no meio de tudo isso há muita qualidade literária, e isso deixa-me confortável. Quanto ao resto, o tempo é uma espécie de peneira, fará o seu trabalho. O que temos que fazer é continuar a encorajar a publicação de mais livros.



No passado fomos considerados terra dos poetas. Sente que a nossa poesia ainda impõe-se à narrativa?

Nem por isso. Sinto que há um equilíbrio entre os dois géneros, mau grado a barreira do desconhecimento daquilo que se produz no nosso país. Sinto que temos que trabalhar mais para a divulgação da nossa literatura em geral.



Como? O que se deve fazer para internacionalizarmos a nossa nova literatura?

Muita coisa. Mas sei que a AEMO tem um plano ambicioso nesse sentido. Cá estamos nós para ajudar na materialização desse projecto.



E qual é o papel de Moçambique e dos moçambicanos na promoção dos nossos autores a nível internacional?

Penso que temos que estar unidos, em primeiro lugar. Temos que estar no mesmo barco. A literatura e/ou cultura é um universo quase que infinito. Todos cabemos lá, apesar das vicissitudes criadas pelo liberalismo, que é intrinsecamente individualista, refletindo-se também nas artes e cultura. Mas os académicos podem ajudar a explicar melhor certas idiossincrasias, nossas. Contudo, penso que com um plano integrado é possível em pouco tempo internacionalizar a nossa literatura. Mãos à obra.



Sugestões artísticas para os leitores do jornal O País?

Os bebés de Auschwitz, de Wendy Holden, um livro comovente, que nos remete aos limites da sobrevivência; Recados da Alma, de Bento Baloi, um livro, uma estória repleta de emoções; cinema: Os oito odiados, de Quentin Tarantino, gosto da “loucura” deste realizador, da forma como conta as suas estórias; artes plásticas: quadros de Gemuce, um artista fino que consegue nos levar às nuvens, pedalando; música: os últimos álbuns de José Mucavele e de Wazimbo, adorei simplesmente.



PERFIL

Armando Artur

nasceu em 1962, na Zambézia, tendo iniciado a sua actividade literária em 1980, na altura com 18 anos de idade. Faz parte do movimento literário Charrua. É membro fundador da Associação Pan-africana de Escritores (PAWA). Foi igualmente Secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO). Desempenhou as funções de Vice-presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa (FBLP) e de Ministro da Cultura. Tem os seguintes livros publicados: Espelho dos dias (1986); O hábito das manhãs (1990); Estrangeiros de nós próprios (1996); Os dias em riste (2002); A quintessência do ser (2004); No coração da noite (2007); Felizes as águas (antologia, 2008),; As falas do poeta (2014) e, agora também, A reinvenção do ser e a dor da pedra (2018). É Prémio Consagração Rui de Noronha – FUNDAC e Prémio Nacional José Craveirinha de Literatura.

Patraquim e Mbate Pedro na 20ª edição das Correntes d’Escritas em Portugal



Os escritores moçambicanos Luís Carlos Patraquim e Mbate Pedro vão participar na 20a edição das Correntes d’Escritas, em Portugal. Trata-se de um encontro de escritores de expressão Ibérica.

O encontro irá decorrer de 16 a 27 de Fevereiro, serão 10 dias dedicados à promoção do livro, leitura e encontro com os autores. Para além das figuras ligadas à literatura, estarão presentes nas Correntes d’Escritas o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa e o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.

Esta edição é considerada a maior de sempre, e o mais antigo e importante encontro de escritores em Portugal,  e contará com a participação de cerca de 140 escritores de 20 nacionalidades. Estarão alguns escritores como Ana Luísa Amaral, Germano Almeida, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, Lídia Jorge, Manuel Rui, Michael Kegler, Ondjaki e Válter Hugo Mãe, entre outros.

Durante o encontro irão decorrer várias actividades como  debates, lançamentos de livros, teatro, exposições, recitais de poesia, concertos e uma feira do livro. Para além do encontro dos escritores com alunos de diferentes escolas.

Na abertura da cerimónia vai decorrer o lançamento da  18a revista das Correntes d’Escritas que contará, de entre outros, com textos de Mbate Pedro. No mesmo encontro será anunciado o vencedor do prémio literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, cujo um dos 10 finalistas é o escritor Cabo-Verdiano José Luiz Tavares, que este ano será editado em Moçambique sob a chancela da Cavalo do Mar, lê-se no comunicado.

Desde a sua criação, já participaram nas Correntes d’ Escritas os escritores moçambicanos, Ungulani Ba Ka Khosa, Paulina Chiziane, Luís Carlos Patraquim, João Paulo Borges Coelho, Ascêncio de Freitas, Guita Júnior, Bento Balói, Mia Couto, de entre outros.

Fonte: O País

Filme sobre Moçambique exibido no Festival de Gutemburgo na Suécia


O título em causa é Our madness, o mesmo que nossa loucura, e foi exibido nos dias 26, 28, 30 e 31 de Janeiro, no Göteborg Film Festival, na Suécia. A obra cinematográfica, com hora e meia de duração, tem a realização do português João Viana, conhecido autor de várias curtas-metragens, e foi rodado em Moçambique há mais ou menos três anos.

A longa-metragem do realizador português alicerça-se à história de uma mulher para retratar contextos atinentes à realidade moçambicana, concentrando-se nos efeitos da guerra, questionando a essência da loucura e desafiando os conceitos sobre a lucidez.

Lucy é uma das personagens de Our madness, a qual, estando internada no Hospital Psiquiátrico de Infulene, arredores da cidade de Maputo, tem que conviver com a imagem distante do filho que foi arrancado dela e do marido, envolvido num conflito armado. Portanto, Our madness é uma produção sobre a realidade de um povo que ainda não se esqueceu das consequências geradas pelo som das armas, sem deixar à parte o folclore e o misticismo que caracteriza as sociedades africanas em geral.

Este filme exibido semana passada na cidade sueca de Gutemburgo, na qual as temperaturas meteorológicas rondavam os 0 graus, é uma produção de Moçambique, Guiné-Bissau, Portugal e França, sendo que teve financiamento para pós-produção do Qatar, concretamente do Doha Film Institut, entidade que, entre muitas funções, fomenta o cinema e as produções de cineastas daquele país e estrangeiros.

Our madness integrou uma lista do Göteborg Film Festival constituída por cerca de 400 filmes de 83 países, o que quer dizer que o filme sobre Moçambique pode ser visto por milhares de pessoas no principal festival cinematográfico dos países nórdicos, o qual, nesta 42ª edição alertou aos participantes para a necessidade de preservação ambiental de forma sustentável.

Quanto ao elenco, a ficha técnica inclui: Bernardo Guiamba (Pack),Emerson Sanjane, (Enfermeira 1), Ernania Rainha (Lucy), Francisco Manjate (Enfermeira 2), Francisco Muxanga (Mau da fita), Hanic Corio (Rapaz), Janete Mutemba (Rapariga Louca 1), Jessica Laimo (Rapariga Louca 2), Mamadu Baio (Estrela Internacional), Rosa Mario (Padre). O argumento de Our madness pertence ao próprio director do filme, João Viana; o desenho de produção esteve com Marieta Mandjate e um dos produtores foi Sol de Carvalho. O desenho de som esteve com Mário Dias; a direcção de Fotografia com Sabine Lancelin; a montagem foi confiada a Edgar Feldman; a música esteve na responsabilidade de Pedro Carneiro e o som de Gabriel Mondlane. A produção foi encarregue a Les Filmes de l'aprés-midi, Telecine Bissau, Promarte  e Papaveronoir.

Our madness foi um dos 15 projectos seleccionados, em 2015, para o Cinefondation Atelier do Festival de Cannes, importante atelier que apoia realizadores com projectos inovadores, e foi distinguido no IndieLisboa com o Prémio Allianz para Melhor Longa-metragem Portuguesa, ano passado.
Além de Our madness, João Vina é autor das curtas-metragens A piscina, Alfama ou Tabatô e da longa metragem A batalha de Tabatô.

OUTROS FILMES EXIBIDOS

À semelhança de Our madness, na presente edição do Göteborg Film Festival foram exibidos mais obras cinematográficas africanos, por exemplo: Rafifi (Quénia), The Harveresters (África do Sul) e When arabs danced (Marrocos). Do país anfitrião, destaca-se um título cuja projecção foi muito concorrida: Koko-di koko-da, da autoria do realizador e escritor sueco Johannes Nyholm. A fim de ver aquele filme, espectadores de vários cantos do mundo lotaram, no passado dia 31 de Janeiro, a principal sala do Göteborg Film Festival: o cinema Draken, em vigor desde 1956. A longa-metragem lançada mês passado retrata os dramas enfrentados por um casal numa altura em que perdem o seu bem mais precioso: a filha. Segundo Johannes Nyholm, que respondeu às perguntas dos espectadores depois da projecção do filme, igualmente, Koko-di koko-da é uma história sobre relacionamentos e que se esmera em retratar uma circunstância de várias maneiras. Outros títulos de filmes exibidos durante uma semana e meia de festival, de 25 de Janeiro a 4 de Fevereiro, foram os suecos: Aniara, Boy in Bollywood, Moa Martinson – Landsmodern, Sasong, e Lucy one. Mas também houve propostas de outras latitudes, como as seguintes: Jumpman (Rússia), Volcano (Ucrânia), I fel good (França), 1985 (Estados Unidos), José (Guatemala), Domingo (Brasil) e Dry Martina (Chile).

SOBRE O FESTIVAL DE GUTEMBURGO

O Göteborg Film Festival é o maior evento cinematográfico dos países nórdicos (Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia). Foi inaugurado em 1979 e já vai na sua 42ª edição. Uma das preocupações da organização é atrair artistas e apreciadores da sétima arte à cidade de Gutemburgo, onde viveu o escritor sueco Henning Mankell, que fundou e dirigiu o Teatro Avenida, a partir de 1986, na cidade de Maputo. Anualmente, a iniciativa atrai mais de 160 mil pessoas, provenientes de vários cantos do mundo e é antecedido por um festival para crianças na segunda quinzena de Janeiro. Paralelamente com a exibição de filmes, Göteborg Film Festival inclui debates e apresentações sobre a sétima arte. A presente edição decorreu entre 25 de Janeiro e 4 de Fevereiro. Cerca de 20% de toda a população de Gotebug vai ao festival, o que, para Howard Fishman, jornalista norte-americano que participou no evento, é extraordinário, pois isso faz com que a indústria do cinema mexa com as pessoas a nível internacional e da comunidade local sueca. Até porque, “pessoalmente, sinto que qualquer boa arte tem o poder de ser transformadora para uma audiência”, considerou Fishman, confessando que ficou muito impressionado com os filmes que viu.

Moçambicanos poderão estagiar na Academia do Sporting


Dois jogadores moçambicanos poderão estagiar na Academia do Sporting, na África do Sul. Os mesmos serão seleccionados nos jogos entre as academias moçambicanas e do Sporting, numa iniciativa que conta com a parceria da ZAP.

É de pequeno que se torce o pepino, diz o adágio popular. E para não fazer diferente, as academias moçambicanas de Tico-Tico, Rui Évora, Gonçalves Fumo e Sporting juntaram-se este sábado, no Estádio Nacional do Zimpeto, para ensinar o ABC da bola aos mais novos.

Aliás, do evento serão selecionados os dois melhores atletas moçambicanos, que irão estagiar na academia do Sporting, na África do Sul, por um período de mais de um mês. O gesto é visto pelos responsáveis das academias moçambicanas como uma forma de projectar o futebol nacional além-fronteiras.

A academia do Sporting ficou maravilhada com o talento dos jogadores moçambicanos e afirmou que o intercâmbio veio para ficar.

Já a Zap, empresa que intermediou para que o evento tivesse lugar no país, considera que esta é uma oportunidade para atletas moçambicanos poderem actuar ao mais alto nível.

De referir que foram observados jogadores das categorias de sub-17 e infantis.

Fonte: O País

Ogah Siz & as drogas: "Nikotina indignado com atitudes de alguns artistas face a situação do rapper Ogah Siz"


Sobre rumores que correm em blogs e páginas que dão conta que o rapper Ogah Siz está maluco por causa de drogas e ficou de baixa por conta disso foi refutado pelo próprio rapper em uma entrevista com o apresentador Fred Jossias. De lá para cá alguns internautas e artistas vem partilhando memes e ridicularizando Ogah Siz, atitudes essas que o rapper Nikotina KF se opõe porque Ogah Siz está passar num momento que precisa apoio e carinho de todos.



"OGAH SIZ (O Exemplo)

Foooogo Cadê vosso Love?? Vocês que davam moral a cada tatuagem que o Nigga Fazia cadê vosso Love? Pessoal de Chamaculo, Bairro que o Nigga Representou com muita Honra e garra cadê vosso Love? Vocês que começaram a andar com copos Vermelhos por causa do Niga onde está o Love? RAPPERS CADÊ VOSSO LOVE, what i Fu** RAPPERS NÃO ESTÃO PREUCUPADOS COM RAPPERS??? SHIIT esse jogo está mais insensivel que um saco de Pancadas, Nigaz estão a ver o colega a cair e só Partilham Memes de Piadinhas & Sh* # maaan vossos corações São Pedras Palpitantes, Quer Dizer Brincam com o Famoso dão Drogas ao Freak até ficar viciado e começar a delirar na Sensação de estar nos Estados Unidos da America naqueles charcos do Chamaculo depois fazem-no acreditar em Sonhos mesmo depois de quatro dias sem dormir yooo cadê o vosso Love? Ta-se bem que ele é um CRAZY RAPPER ha Muitoo tempo mas eu ví Seguranças a lhe levarem ao Hospital psiquiatrico do Infulene eu Ví a Mãe do Nigga a Chorar voces nao viram?? Se viram cadê o Vosso Love? ! Nós "Famosos" Sabemos que ha facilidade dessas substancias girarem no nosso meio, os niggaz querem drogar os "Famosos"  eo "Famosos" querem ser como os ídolos dos States e entram Na VIBE é DRENA NEM mais inspiraçao nem Estamos inspirados na Amy WineHouse mas a casa do vinho vira casa do pó depois casa das Siringas entre outros ja Não é casa é Condomínio e o Tal Publico que nos fez subir tambem nos faz cair Esprito de Elevador. 
Mas deixe-me Dizer "antes de cair nem" Eu sei que muitos querem ser populares, conhecidos e reconhecdos mas por Favor antes preparem-se psicologicamente para NÃO ACABAREM NO HOSPITAL PSIQUIATRICO, o Flash das fotos vai iluminar o seu Ego, os Sorrisos falsos vão dimiinuir tua auto confiança e os gritos dos Shows vão fazer-te pensar que tua Voz Não é sufcientemente Audível e vai aparecer alguem com uma Substancia que não Conheces aí tu vais dizer "NÃO AS DROGAS, QUANDO EU DESCOBRÍ MEU TALENTO EU ESTAVA LÚCIDO" Foi isso que o OGAH SIZ não disse.
Eu pessoalmente nunca me dei bem com ele mas antes de ontem no estudio encontrei Amigos que Andavam com ele a Rirem dele e eu perguntei cadê vosso LOVE? Amanha eu posso fazer um acidente grave e voces vão esquecer de tuuudo que eu fiz pelo jogo entao eu Não sou do Vosso Mundo ohh "Famosos" eu faço arte  e vocês fazem artificios para aparecer todavia muita atençao e juizo antes de seres "famoso" como os "Famosos" sem ILUSÕES por isso que eu disse ao meu irmão que é um dos melhores Punchliners que eu conheço Primeiro termina a Linceciatura e entra nisto, por isso que eu Apaguei todas musicas de Swag Swag e Taco Taco Vou Trazer só Realidade Moçambicana no meu Album entao se houver alguem com bom senso aí só espero que entenda a fase frágil do Ogh Siz e no dia da Saída do Saída dele Esteja comigo em frente do Hospital da Psiquiatrico do Infullene a gritar "MC ROGER IS BACK" "OGAH SIZ IS BACK". Se for Maluquice vão perceber é em frente ao Hospital Psiquiatrico ;) e os que Não forem vamos perguntar Cadê aquele vosso Love?

Epa Meu chapa Ja chegou tenho de ir a TV dizer que tenho dinheiro :)," escreveu Nikotina.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O rapper Laylizzy este ano fará a sua primeira digressão a nível nacional


Considerado um dos maiores artistas moçambicano e exportador do género hip-pop, Laylizzy fará a sua primeira digressão pelo país do Rovuma a Maputo, do Zumbo a Índico. A novidade foi avançada pelo próprio rapper nas redes sociais pedindo para que os seus seguidores, fãs e o povo moçambicano e residente em Moçambique que demostrem que realmente gostam do seu trabalho e valorizam-o.

"Comprem os bilhetes, entrem nas competições para ganhar convites, vivam os momentos comigo, sorriam, chorem comigo, deixem a casa cair comigo.
A malta merece isto, vocês estão comigo desde Dinheiro Limpo Mixtape 😢😢😢😢
I love y’all 
+Informações b r e v e m e n t e 
📸 @eatheshooter." Escreveu Laylizzy

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

D’Manyissa recebe menção de honra na categoria Christian (cristão) nos EUA


O músico moçambicano, D’Manyissa, recebeu Menção de Honra na categoria Christian (cristão), pela música “Let there be peace” ou seja, “Que haja paz”, depois de ter participado no Songdoor 2018 International Songwriting Competition nos EUA.

A música contou com performance vocal do músico norte-americano, Caled Allen, a parceria extravasou os dois artistas tendo chegado ao estúdio Tunedly.

A música descreve uma pessoa de joelhos a orar, pedindo a Deus para que haja paz em todas as nações do mundo.

“Como se sabe, ultimamente, a onda de violência e terrorismo no mundo está alarmante e várias pessoas inocentes estão a perder as suas vidas nesses ataques, e Moçambique não é excepção. Os brutais ataques no norte do país, há mais de um ano, são disso exemplo”, lê-se no comunicado enviado pela Tindziva.

D’Manyissa, diz ser urgente termos Deus nos nossos corações, nas nossas vidas. “É urgente o amor ao próximo”, afirma.

Esta não é a primeira música finalista de D’Manyissa. EM 2017, no concurso de composições musicais da Inglaterra Uk Songwriting Contest, o músico moçambicano chegou a final com “Timbila - Património Mundial”, música que desde finais de ano passado conta com um video-clip.

D’Manyissa encontra-se, neste momento a preparar o seu primeiro álbum discográfico designado “D’Manyissa Instrumental-Volume 1”, em que o músico cruza vários convidados especiais que se destacam na performance de um instrumento específico. São disso exemplos Orlando Venhereque (flauta), Júlio Sigaúque (guitarra), Ivan Mazuze (Saxofone alto e soprano), Banda MACOZOMI, Hélder Gonzaga (Bass), Lwanda Gogwana (Trompete), Seredeal “Shaggy” Scheepers (Teclados), Galina Juritz (Violino), Kika Materula (Oboé). Celso Paco, por ser multi-instrumentista foi convidado a fazer a performance dos vários instrumentos do seu domínio. D’Manyissa neste álbum faz a performance vocal de três músicas apenas.

Fonte: O País