Pesquisar neste blogue

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Partido RENAMO Dá Início a Actos Preparatórios Para a Violência


De Egídio Vaz passamos a citar:

Nada de novo senão o repetir do roteiro. Depois de perder as eleições de forma expressiva e niveladora, a Renamo activou esta terça-feira a segunda fase do seu plano que consiste em urdir uma narrativa capaz de convencer a comunidade internacional da racionalidade das subsequentes actividades violentas e criminosas. Aliás, a Renamo começou “muito bem”, com um discurso conciliador, cingindo a sua actividade na luta política civil pelo poder. Mas a pouco e pouco, foi se distanciando do espírito do Acordo de Paz e Reconciliação endurecendo o discurso. Agora tenta reaproveitar o calhau do Nyongo multiplicando as suas investidas, diariamente faz conferencias de imprensa acusando o estado de cometer actos até hoje desconhecidos e ameaçando tornar o país ingovernável.

Cumpre-me chamar atenção alguns aspectos à Renamo.

Primeiro: Ossufo Momade não é Afonso Dhlakama. Que estas duas figuras não se confundam. Como deputado da Assembleia da República, Ossufo Momade sempre viveu na zona do Alto-maé, cidade de Maputo. Eleito Presidente, saiu pelos seus próprios pés para a zona de Gorongosa, de onde regressou socorrido pelo Estado Moçambicano, à luz do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, já que Nyongo estava a caçá-lo. A meio da campanha, Nyongo endossou a Renamo e Momade mas logo um dia antes, retirou o endorsement. 

Segundo: Uma significativa ala da Renamo não gosta do Ossufo. Querem o lugar dele. E Ossufo, consciente disso, vai fazendo um jogo de cintura, convivendo com os que se colocam claramente ao lado do Nyongo. Por outras palavras, enquanto Afonso Dhlakama jamais iria tolerar indisciplina, Ossufo Momade expõe-se ao perigo de vida e de poder, acolhendo reacionários e indisciplinados incluindo estrategas que o querem ver fora da liderança do partido. O resultado é que ele balança entre a incoerência e desmentidos, num vaivém indeciso, próprio que não tem os pés no chão. Um dia afirmou que o Nyongo era problema interno, noutro, afirmou que era problema do Estado; um dia afirma que o partido não irá recorrer à violência, noutro promete tornar ingovernável o país, em clara violação dos preceitos do Acordo de Maputo. 

Terceiro: Em vida, Afonso Dhlakama concorreu e perdeu 5 vezes com três diferentes candidatos da FRELIMO, nomeadamente Joaquim Alberto Chissano, Armando Emílio Guebuza e Filipe Jacinto Nyusi. Portanto, a não ser que a Renamo mude de comportamento, dificilmente poderemos tê-la vitoriosa em qualquer pleito eleitoral. As sementes da derrota da Renamo são claras:
a) Militarismo, violência e promoção de guerras
b) Desorganização política e administrativa
c) Ausência de uma visão e projecto de estado coerentes
d) Intermitência programática e amadorismo político  
e) Inveja, rancor e espírito revanchista como condutores da acção política 
f) Falta de espírito de reconciliação e ódio ao povo.

Quarto: A Renamo deve saber que sempre que trilhar pela violência, cava fundo a sua própria derrota. A violência já não está na moda. 

Quinto: está a ficar claro que o povo já não quer violência e detesta violência. A prova é que pela primeira vez, em zonas antes sob influência da Renamo, ela perdeu copiosamente. Este é um sinal vibrante de que, se continuar nesse trilho, ela corre sérios riscos de desaparecer como partido político. E como uma organização dirigida por um adulto, é recomendável que abrace a paz. O país está a mudar e, para evitar outras surpresas, melhor seria voltar a abraçar o espírito e letra do Acordo da Paz e Reconciliação Nacional. Assim procedendo, estará a contribuir para a construção de um Moçambique que queremos. JUNTOS, temos tudo para dar #Certo.

Sem comentários:

Enviar um comentário