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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Depois das duras críticas pelos internautas em volta do Festival Zouk Angola pelo facto do mesmo ter feito o convite a última da hora, a Consultora Artística e Cultural reage pela primeira vez em torno do alarido


A Á Imperatryz Pereyra que é Activista Social, Defensora dos Direitos Humanos Género e Criança, Consultora Artística e que trabalha com a cultura moçambicana no sentido de apoiar, contribuir com a elaboração de algumas leis, projectos e ideias para engrandecer os artistas nacionais, aconselha o povo moçambicano em geral em torno da confusão sobre o "Festival Zouk Angola-2018" nestas palavras:


MOÇAMBICANOS, APRENDAM QUE A HUMILHAÇÃO É PIOR QUE A DESGRAÇA!!!
Moçambicanos, Moçambicanas,
Compatriotas.

O Saudoso Presidente Samora Machel nos deixou com uma grande auto-estima como Nação, por favor respeitem e sejamos o seu exemplo e legado pois a culpa deste barulho todo é também nossa de forma parcial.

Sinceramente, nunca vi um Povo que não tem um pingo de auto-estima por ele e pela Pátria Amada, Povo este que não se valoriza, não se respeita, o mesmo não é unido, pois não se ama e muito menos se consegue impor mediante a pressões e humilhações.

MOÇAMBIQUE;

1 - Não me queria pronunciar sobre o caso, mas hoje por motivos de força maior fui forçada a tal, foi preciso tanto barulho nas redes sociais e de alguns órgãos de comunicação social, muita pressão e ameaças feitas no sentido de banir os espectáculos dos Angolanos no nosso solo Pátrio, para sermos convidados ao Festival Zouk a decorrer a 15 e 16 do corrente mês em Angola-Luanda?

2 - Compatriotas, entendam que este convite nos foi endereçado não de livre espontânea vontade ou de coração, foi sim um convite claro para certificar a nossa humilhação e pequenez como Nação, sinceramente era preferível que nos tivessem convidado a participar para a próxima edição, depois dessa poeira baixar.(Este convite não faz e não fará sentido).

3 - O pedido de participação dos nossos artistas neste festival, derivado do barulho que se faz e se fez sentir, me cheira a mendicidade que nós próprios criamos com o nosso barulho anterior, nos inferiorizamos e nos ridicularizamos, não sei o porquê de tanto se mendigar para cantar em Angola, temos boa música e músicos com qualidade em Moçambique, e se não temos espaços para entrar em Angola que se fure outros mercados além-fronteiras para explorar.(Já está provados que músicos nacionais são aceites em outros quadrantes).

4 - Obrigar a participação e aceitação num evento que logo a prior nem fomos chamados de acordo com o alinhamento do 1 cartaz, nos tornará ridículos como Povo, irmãos precisamos acordar e ter vergonha na cara sinceramente!!!  Uma autêntica falta de respeito e consideração a classe artística nacional, pois por mim os Promotores Angolanos nem nos deveriam endereçar este convite em cima da hora e do joelho.  

5 - Da próxima que se repetir este cenário, artistas agradeçam e declinem o convite de forma cordial e diplomática, mas não aceitem participar no evento a moda retaguarda segura. Tenham auto-estima e se amem mais, respeitem a PÁTRIA POR FAVOR!!!!

6 - Artistas Moçambicanos, vocês têm muito valor, apenas precisam trabalhar arduamente e explorar outros mercados, para descobrir o vosso real valor de forma correcta e digna.
Temos vários mercados e Países para se fazer intercâmbio cultural, especificamente no que tange a área musical. 

7 - Os nossos empresários tem que olhar e começar a projectar Países como Cabo Verde, Portugal, Guiné Bissau dentre outros, fazendo promoção das músicas e trabalhos dos nossos artistas, por exemplo: Esses dois projectos outrora surgidos, com ênfase a promoção de artistas nacionais, deveriam implementar isto e como Nação sairiamos a ganhar. 

8 - Os Países dos PALOPS gostam e simpatizam com a nossa música, seria algo benéfico se os empresários envolvidos nos dois projectos começassem a olhar pra o mercado português e Diáspora, estudar o que é preciso, ataques estratégicos para promover os artistas dos seus projectos etc e etc... E não andarmos a vida e a perder tempo a trocar mimos por um País que não tem nada pra oferecer pra Moçambique no que concerne ao entretenimento cultural por parte deles.

9 - Temos artistas nacionais como o Nuno Abdul, Boy Teddy, Messias, Filomena, Jay Kim, Juvêncio Luís, Twenty Fingers, Filomena, Gasso Franco, Kawam, dentre outros que furaram o mercado português sem precisar de fazer olho gordo pelo mercado angolano que nada tem pra nos oferecer. Devíamos olhar pra o exemplo deles é abrir novos horizontes.

10 - Vou dar aqui um exemplo do  músico Valter Artístico, sinceramente não esperava e não imaginava que o povo Santomense conhecesse as músicas do mesmo. No seu  evento naquela Ilha a 30 de Agosto e 01 de Setembro, onde o povo vibrou com o jovem no compasso da música "Chefe do Quarteirão". O Messias recentemente realizou um evento dele, e foi o que foi, um estrondo. Mas enfim, ainda andamos nessa lambança de teimar em irmos pra Angola não sei fazer o que, se lá não somos aceites pelos Promotores de eventos.

Ps: Para os fazedores da cultura aqui da PÁTRIA AMADA, que esta exclusão nos sirva de alavanca para criarmos novas formas de estratégias junto aos órgãos de comunicação social, radialistas, apresentadores das nossas Tvs, Djs, Ministério da Cultura e Turismo, UNESCO, INAE (Como Órgão fiscalizador) Associação dos Músicos Moçambicanos, ISARC, ECA, artistas nacionais, empresários, promotores de eventos, gestores culturais, Manegers, Assessores de artistas, Sociedade Civil, dentre outros fazedores da nossa cultura, como forma de se redefinir novas estratégias para evitarmos situações semelhantes a este desespero todo em se ir a Angola e Países em que não temos aceitação.

ARTISTAS MOÇAMBICANOS VALORIZEM-SE POR FAVOR, NÃO MENDIGUEM UM VALOR E RESPEITO QUE É VOSSO POR DIREITO! VOCÊS SÃO ARTISTAS, VALORIZEM A PÁTRIA E DIGNIFIQUEM A BANDEIRA MOÇAMBICANA QUE VOS IDENTIFICA POIS VOIS REPRESENTAIS 28 MILHÕES DE MOÇAMBICANOS!!!

Atenciosamente
Á Imperatryz Pereyra

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